Nos dias de hoje, pode-se dizer que um "fantasma" assombra o futebol italiano. Um país que outrora possuía equipas a lutar pela Liga dos Campeões ou alguns dos melhores futebolistas do mundo nas suas fileiras, vê-se agora ultrapassado pela Liga inglesa, espanhola ou alemã, além da francesa que se encontra em pleno crescimento.
Os estádios estão vazios, os grandes já não são o que eram, algo ainda mais patente desde a saída de Mourinho e poucos grandes jogadores militam na Serie A (em termos de jogadores de qualidade tremenda, apenas me vem à cabeça o nome de Ibrahimovic). Os clubes já não parecem capazes de lutar com os "tubarões" europeus (Barcelona, Real Madrid, Man. United ou Chelsea), nem sendo inseridos nesse lote. Tal acaba por se refletir na capacidade económica das equipas, que não têm aptidão para conseguir contratar as estrelas emergentes do "velho continente" (apenas a Juventus tem trabalhado neste sentido), que acabam por vender as suas "pérolas" (Pastore, Eto'o ou, em breve, Cavani). Porém, este problema suscita igualmente o crescimento e/ou ressurgimento dos clubes mais modestos, tais como o Nápoles, com Hamsik, Cavani e Lavezzi, a Udinese, com Isla e Di Natale, o Palermo, com Ilicic e Miccoli, ou o Génova, com Miguel Veloso e Palacio.
Tal tormento, reflete-se também na seleção. A "squadra azzurra" vive à sombra das suas "velhas" glórias (Buffon, Chiellini, Pirlo ou Cassano) e, apesar de ter garantido com relativa facilidade o apuramento para o Euro 2012, não figura, ao contrário do que é normal, nos candidatos à vitória da competição. Nocerino, Giovinco e Osvaldo têm sido alguns dos jovens italianos a chegarem à seleção recentemente, porém a sua qualidade não é meritória para a titularidade numa formação tão histórica como a de Prandelli.
Francisco Cunha
Bom artigo!
ResponderEliminarConcordo absolutamente com a vossa opinião sobre a liga italiana. Mas discordo com a da selecção. Apesar da squadra azzurra ser pior que Alemanha ou Espanha continua com um nível elevado e poderá ganhar o Europeu e é o 4º maior candidato, atrás de Espanha, Alemanha e França!