Na capital do Minho mora um matador chamado Rodrigo dos Santos, mais conhecido por Lima. Ontem, marcou um "hat-trick" perante o Gil Vicente e senti uma necessidade extrema de falar deste futebolista, tantas vezes criticado por más razões (nomeadamente, pela sua lentidão).
Após ter brilhado ao serviço do Belenenses (apesar de ter descido de divisão enquanto jogava nos lisboetas) chegou aos "arsenalistas" com o estatuto de suplente de Meyong. Mas tudo mudou, logo após o play-off, referente à Liga dos Campeões, onde os bracarenses derrotaram o Sevilha. Na Andaluzia, Lima marcou três e elevou a cidade nortenha ao êxtase, tornando-se assim ídolo dessa gente tão amante do desporto-rei. Desde aí, nunca mais perdeu o estatuto de estrela nos "arcebispos".
Na minha opinião, Lima é, acima de tudo, um ponta-de-lança muito completo. O seu remate fácil e potente, o seu bom jogo aéreo, o seu excelente posicionamento e as suas interessantes desmarcações que promove no decorrer de cada partida tornam-no num goleador nato. Há quem o critique por ser alegadamente lento e que, por isso, nunca chegará a um "grande". Discordo completamente desse facto. É verdade que não se evidencia pelos seus sprints, mas as suas inteligentes movimentações táticas, que já chamaram a atenção de alguns "tubarões" europeus, permitem que o camisa 18 dos minhotos pense em jogar noutro clube com outras aspirações aos 28 anos.
Francisco Cunha
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