O que não é novidade para o leitor é o facto de que, para o Benfica, já lá vão duas derrotas consecutivas. E qual é a diferença entre a tática habitual dos encarnados e a organização estratégica nestas duas últimas partidas? É simplesmente a ausência de Javi García e o lançamento "às feras" do jovem sérvio Matic.
O médio-defensivo espanhol é exímio na hora de ocupar espaços. Tem também um papel essencial no início da construção de jogo das águias, sendo ainda bastante importante nas bolas paradas. A sua desenvoltura tática permite que o Benfica veja o seu nível exibicional incrementado. A equipa sente-se mais confiante e isso reflete-se nos resultados. Já Matic, um 8 por natureza, deixa um tanto a desejar na hora de jogar como médio mais recuado do plano benfiquista. "Duro de rins", é bastante lento nas antecipações. Safa-se pela sua razoável qualidade técnica, garra e potência física, porém isso não basta para acarretar a totalidade dos trabalhos defensivos no meio-campo encarnado. Na minha opinião, o apoio defensivo de Axel Witsel seria essencial. No entanto, em São Petersburgo, o belga jogou como 10 e, em Guimarães, nem foi titular.
Para bons resultados com o ex-Chelsea como trinco, o meio campo teria de ser formado por ele próprio, por Witsel e Aimar, este último com mais preocupações ofensivas. Por isso, tenho a dizer que Jorge Jesus, um génio tático, falhou na hora de colmatar a ausência do seu camisa 6.
Francisco Cunha
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