Ao falarmos da seleção francesa, lembramo-nos obrigatoriamente de Platini e Zidane. Mas antes destes fantásticos jogadores aparecerem, outro já tinha deixado a sua marca como número 10 por excelência. Falamos de Raymond Kopaszewski, mais conhecido por Kopa, de sangue polaco, que antecedeu Platini (com raízes italianas) e Zidane (argelino por nascimento). Kopa poderia perfeitamente retratar uma sociedade que se está a perder, retrata os tempos em que as crianças passavam o dia a jogar à bola. Não gostava da educação e é o próprio que o admite, portanto a sua escola era a bola. Nos tempos da Segunda Guerra Mundial, Kopa, juntamente com os seus amigos, entretinha-se a roubar bolas aos soldados alemães. Paralelamente, Kopa, como a maior parte das pessoas no seu tempo e na sua região, começou a trabalhar como mineiro, até que um acidente de trabalho lhe retirou as hipóteses de se manter nas minas. Porém, há males que veem por bem, devido ao acidente, Raymond pode-se empenhar no futebol.
Começou no modesto Angers, nos quais jogou em part-time, como eletricista. Porém, o Angers não cumpriu e Kopa rumou à profissionalização, tendo ingressado no Stade de Reims, a melhor equipa francesa daquele tempo. A qualidade evidenciada pelo "Napoleão" fez com que rumasse ao todo-poderoso Real Madrid, onde conquistou 3 Taças dos Campeões. Na capital espanhola permaneceu três anos, tendo retornado ao seu clube de sempre: o Stade de Reims. Kopa também representou, com qualidade, a seleção francesa, tendo obtido o terceiro lugar no Mundial de 1958, realizado na Suécia onde, a par de Fontaine e Pelé, foi uma das estrelas da competição.
Como bom médio ofensivo que foi, Kopa acolhia em si todas as qualidades necessárias para singrar a número 10. Tinha qualidades técnicas invejáveis, fazia, frequentemente, passes a rasgar que, na maioria das vezes, davam golo e teve, inclusive, aquele faro pelo golo.
Nota Final: 16/20
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