Este Campeonato Europeu da Polónia e da Ucrânia ficará para sempre marcado pelo bom futebol praticado e pela má organização (no primeiro dia do torneio ainda houveram obras nos estádios), mas também pela final mais desequilibrada de que há memória. A Espanha voltou a reinar e venceu a sua terceira grande competição consecutiva, a Itália, guiada por Pirlo, foi finalista e a Seleção Nacional chegou às meias-finais e apenas foi eliminada nas meias-finais pela campeã europeia. Em termos individuais, Iniesta foi eleito o melhor jogador do torneio e Fernando Torres, contrariando todas as expectativas, foi o melhor marcador.
A seleção que melhor futebol praticou, se bem que não raras vezes beneficiada pelas arbitragens, foi a Espanha, chegando ao título através da sua já típica troca de bola incessante e paciente que ficará para sempre gravada na História do futebol. No entanto, o futebol mais apaixonante foi o italiano. Cesar Prandelli montou uma equipa com alma, assente na criatividade de Pirlo e na irreverência de Balotelli e que conseguia chegar facilmente à grande área adversária, porém pecou pela fragilidade defensiva. A Alemanha com o seu futebol frio, racional e muito forte taticamente atingiu as meias-finais, todavia, frente a equipas com um maior caudal ofensivo, sofreu muito. Portugal, por seu turno, com a pior seleção dos últimos tempos conseguiu mostrar bom futebol (mérito total de Paulo Bento e do esforço dos jogadores). A destacar as exibições de Rui Patrício, Pepe, Coentrão, Moutinho, Nani e Cristiano Ronaldo.
11 ideal:
GR - Iker Casillas (Espanha): Foi preponderante contra a Croácia e contra Portugal e mesmo contra a Itália realizou uma grande exibição, acabando por ser o guardião menos batido da competição.
DD - Debuchy (França): Apesar de apenas ter atingido os quartos-de-final, foi essencial na Seleção francesa. O jogador do Lille é completo, rápido e muito forte taticamente.
DC - Pepe (Portugal): Nasceu no Brasil, mas não parece tal é a entrega que demonstrou em cada partida, raramente falhando nas marcações e nos desarmes.
DC - Sergio Ramos (Espanha): O jogador do Real Madrid cresce quando joga no centro da defesa. Muito certo no corte, apresentou grande consistência no decorrer da competição.
DE - Jordi Alba (Espanha): Ofereceu grande profundidade ao corredor esquerdo de La Roja e fez por justificar a recente transferência para o Barcelona.
MDC - Andrea Pirlo (Itália): Se a Itália tivesse sido campeã, teria sido certamente o melhor jogador do torneio. Guiou a sua seleção à final com toda a sua criatividade e a sua qualidade técnica e de passe.
MC - Xavi Hernández (Espanha): Muita gente diz que o futebolista do Barça não apareceu no Europeu, mas a verdade é que a sua ação foi absolutamente necessária para o bom porto da seleção espanhola.
MC - João Moutinho (Portugal): Com muita garra, foi preponderante no meio-campo luso. Será muito difícil que Pinto da Costa o segure depois deste Europeu.
ED - David Silva (Espanha): O jogador do Manchester City foi o atleta com mais assistências neste Euro e ainda teve tempo para fazer 2 golos. Foi a consagração do futebolista fantástico que é.
EE - Andrés Iniesta (Espanha): Para a UEFA, foi o melhor do torneio e isso diz tudo. Esteve simplesmente impecável.
AV - Mario Balotelli (Itália): Este Europeu foi a explosão do irreverente ponta-de-lança de apenas 21 anos. Foi decisivo perante a Alemanha e, excetuando o primeiro jogo com a Espanha, esteve bem em todos os jogos dos italianos.
Melhor jogador - Andrea Pirlo (Itália): Apesar de não ter vencido o Europeu, levou praticamente a Seleção italiana "às costas". Possivelmente no seu último Euro de sempre (já tem 33 anos), conseguiu efetuar exibições magistrais (foi três vezes o melhor em campo) e subir ao topo da Europa. Em 2º lugar, escolho Iniesta e, em 3º, David Silva.
Revelação - Jordi Alba (Espanha): O novo lateral do Barcelona é rápido, tecnicista e um autêntico "furacão". Foi a consagração de um futebolista que já havia feito uma grande época ao serviço do Valencia. Na 2ª posição, coloco Mario Balotelli e, na 3ª, Vaclav Pilar.
Melhor português - Pepe: O central luso-brasileiro jogou com garra, entrega e classe. Cortes limpos e marcações cerradas foram uma constante nas exibições do futebolista do Real Madrid. Em 2º, insiro Cristiano Ronaldo e, em 3º, João Moutinho.
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