Just Fontaine nasceu de nacionalidade francesa, em Marraquexe, Marrocos, filho de pai marroquino e de mãe espanhola. Porém, entrou no restrito lotes de lendas de futebol mais a norte, na Suécia, durante o Mundial de 1968. Nesse país nórdico, Fontaine estabeleceria um recorde que vigora há mais de 50 anos. Numa só edição de um Campeonato do Mundo, Fontaine foi capaz de apontar 13 golos. É verdade que, mais tarde, outros futebolistas ultrapassariam esta marca, mas, para o concretizarem, tiveram a necessidade de completarem mais de uma edição, como Gerd Müller, que representou a antiga RFA em duas edições ou Ronaldo, melhor marcador de sempre em Mundiais, com 15 golos, que realizou três edições. Foi em 1958 que os gauleses demonstraram, pela primeira vez, a sua força, força esta que seria mais tarde retratada também ao nível de clubes, como o Stade de Reims, que lograria alcançar duas finais da Taça dos Campeões Europeus. Reza a história que Just Fontaine, na altura jogador do Stade de Reims, nem era para ser titular na frente de ataque de França, já que René Bliard adaptava-se melhor ao sistema do selecionador Nicolas. Junto a Kopa e Piantoni, Fontaine guiou a sua seleção a um incrível 3º lugar, quedando-se somente atrás de Brasil, campeão, e Suécia, finalista vencida. Para se ter noção do feito de Fontaine, a soma de golos dos dois melhores marcadores atrás do francês (Pelé e Rahn) perfaz um total de 12 remates certeiros, menos um que o fantástico ponta-de-lança nascido em África.
O USM Casablanca foi o primeiro clube de "Justo", que mais tarde haveria de representar o Nice, posteriormente, Fontaine jogaria ao serviço do Stade de Reims. Aliás, foi neste clube que Just teve os melhores registos de golos durante a carreira, fruto da sua capacidade de finalização em frente ao guarda-redes oponente. Após tanto sucesso, a carreira de Fontaine acabaria abruptamente. Se o leitor pensar um pouco, chegará à conclusão de que o motivo que fez Fontaine aposentar-se se deveu a uma lesão, na perna esquerda, mais especificamente.
Just Fontaine foi um matador por excelência, um ponta-de-lança que só precisava de meia-oportunidade para marcar. Dono de uma rapidez estonteante e de qualidades técnicas q.b, "Justo", apesar de não ser muito alto nem possante, ainda tinha qualidade par ser um bom cabeceador. Apesar de tudo, creio que Fontaine poderia ter tido uma carreira mais condizente ao seu talento. De facto, no meu ponto de vista, o pouco que se fala de Fontaine deve-se ao Mundial de 1958, no qual foi rei e senhor, apesar de não ter saído como campeão. Se Fontaine tivesse seguido o seu companheiro, Kopa, para o Real Madrid, talvez a carreira de Just fosse mais completa, isto para não falar nas lesões que tanto o atormentaram. Mas o futebol é isto, e não há nada para o contrariar.
Nota Final: 16/20
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