O que têm em comum Yu Dabao, Sunil Chhetri, Li Shuai, Hao Haidong, Nazmi Faiz e Chen Zhizhao? Foram todos contratados, não pelas suas qualidades futebolísticas (salvo algumas exceções), mas sim pelo poder económico dos seus países que, por enquanto, ainda não possuem grandes estrelas nas suas seleções.
A crise mundial já chegou ao mundo do futebol e chega a hora dos clubes arranjarem novas formas de contornar esse problema. As economias orientais estão em constante crescimento, ao contrário do resto do Mundo. Além do mais, os dois países mais populosos do Mundo estão igualmente nessa região: China (segunda maior potência económica) e Índia têm mais de mil milhões de habitantes cada uma. Estes dois fatores conjugados levam a que os clubes possam ter grandes lucros ao contratarem atletas orientais, consequência dos montantes provenientes de injeções de capital e da venda de direitos televisivos e de franchising para esses países.
Em 2005, Hao Haidong, maior estrela chinesa da sua época, rumou ao Sheffield United para pôr término à sua carreira. O mediatismo desta contratação foi enorme, acabando por fazer eco em Portugal. Um ano depois, o Benfica foi pioneiro em território nacional ao contratar Yu Dabao, ponta-de-lança chinês que rumou aos juniores para evoluir e mais tarde singrar no plantel principal das águias. Em 2010, Hao Junmin assinou pelo Schalke 04 com o mesmo propósito, no entanto, tal como Yu Dabao, não teve sucesso.
Depois veio a famosa rábula do chinês protagonizada por Paulo Futre, algo considerado hilariante pelo público português, mas que já era há algum tempo praticado na Europa. Pouco tempo depois, o presidente do Corinthians admitiu que em breve iria oficializar um jogador chinês. Já em 2012, Chen Zhizhao foi apresentado nos paulistas. O impacte dessa contratação foi imediatamente sentido por toda a China e América do Sul.
Neste defeso em Portugal, têm-se vindo a notar as, cada vez maiores, influências dos mercados orientais no futebol atual. O Sporting contratou o indiano Sunil Chhetri, o FC Porto foi buscar o chinês Li Shuai e o Beira-Mar (que também já possui nos seus quadros, o chinês Zhang), cujo presidente é o notável empresário iraniano, com influências no Extremo Oriente, Majid Pishyar, assinou com o malaio Nazmi Faiz. Veremos se estas apostas continuarão a surgir no futebol mundial e se surtirão efeito...
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