sábado, 7 de janeiro de 2012

Sporting e FC Porto repartem forças

Sporting 0-0 FC Porto
Em Alvalade, durante mais um clássico com casa cheia, registou-se uma partida monótona que culminou num empate a zero bolas entre Sporting e FC Porto (que hoje atingiu o recorde de Bobby Robson de 53 jogos sem perder na Liga), muito devido à organização compacta de ambas as equipas e à falta de inspiração dos principais intervenientes. Sem grandes oportunidades no decorrer dos 90 minutos, ambas as equipas acabaram por sair do reduto dos leões com um ponto na mão, mas sem razões para festejar, já que o Benfica poderá saltar para a liderança isolada da Liga (de momento, os lideres até são os portistas), caso vença a União de Leiria amanhã na Marinha Grande, enquanto que o Braga poderá apanhar o Sporting na classificação.

Nos minutos iniciais, a partida até nos reportou para um encontro frenético, com belas oportunidades para ambos os lados (com principal destaque para um belo cabeceamento de Polga na área azul e branca, que Helton defendeu com grande dificuldade), com contra-ataques rápidos e muita emoção. Tais perpetivas acabaram por sair defraudadas, algo que o jogo veio a confirmar. O fluído atacante de ambas as equipas esmoreceu e a 1ª parte terminou sem destaques de maior, com o equilíbrio a ser a nota dominante.

No início da etapa complementar, apesar da entrada de Matías Fernández para o lugar do trinco Renato Neto, não se registaram lances empolgantes, destoando um remate de Hulk à figura de Rui Patrício e uma investida de Wolfswinkel que apenas foi parada com uma intervenção de Helton. O avançado brasileiro até chegou a pôr a bola dentro da baliza, mas o golo foi anulado devido a um fora-de-jogo bem assinalado.

No entanto, nos últimos 15 minutos da partida, tudo mudou. Com um FC Porto a arriscar mais, houveram mais espaços para ocasiões de golo. Com Hulk já desgastado por ter jogado sozinho na frente durante todo o encontro e com um Wolfswinkel um tanto desinspirado, acabaram por ser os jogadores mais improváveis a estarem perto de marcar. Primeiro foi Izmailov que, aos 82 minutos, obrigou Alvaro Pereira a impedir o golo leonino em cima da linha de golo. Já nos descontos, James Rodríguez, de baliza aberta, teve a infelicidade de rematar contra Otamendi, impedindo assim a vitória dos dragões. Em suma, um resultado justo num jogo que pareceu implorar por um nulo, tal a falta de inspiração de ambas as equipas.

MVP - Rui Patrício: Sem grandes destaques individuais nos jogadores de campo, acabaram por ser os guarda-redes a salientarem-se. De forma a desempatar o duelo entre Rui Patrício e Helton, optámos por escolher o que teve mais intervenções. Nesse aspeto, o guardião leonino esteve francamente melhor. Destaque para as saídas e a segurança entre os postes do "keeper" português.
Helton: O guardião brasileiro do FC Porto esteve particularmente inspirado hoje. Na primeira parte, voou para defender um cabeceamento fantástico de Polga e na segunda, impediu um golo de Wolfswinkel, imagine-se lá, com a perna.
Maicon: O "novo" lateral-direito portista exibiu-se a alto nível. Esteve muito bem defensivamente, secando o irreverente Diego Capel, e ainda teve tempo para participar em algumas das incursões ofensivas azuis e brancas. Uma aposta ganha de Vítor Pereira...
Onyewu: Estancou a criatividade de Hulk e até ganhou no duelo corpo-a-corpo ao "Incrível". Com a bola nos pés, jogou simples e não complicou, como já lhe começa a ser hábito.
Hulk: O "Incrível" correu muito na frente, a equipa tentou um futebol direto para ele, no entanto pouco fez, nunca sendo capaz de desequilibrar na frente de ataque portista. Um remate e... nada mais.
Capel: O mais desatento espetador ao fazer a retrospetiva da partida, poderá muito bem esquecer-se do ala espanhol. Raramente apareceu e, quando o fez, esteve desastrado.

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