
Precisamente na etapa complementar, o Zenit optou por lançar Semak a jogo, uma aposta que deu ao conjunto de Luciano Spaletti mais contacto com a bola e mais inteligência, ao invés de velocidade. As condições do relvado complicaram a tarefa de ambas as equipas, embora o mais prejudicado tenha sido inegavelmente o Benfica, que não está habituado a estas condições. Aos 70 minutos o melhor golo da partida, Semak, de calcanhar, concretiza a reviravolta, após uma jogada bem planeada pelos soviéticos. Os encarnados não desistiram e empataram mesmo, com golo de Cardozo, aos 87 minutos, depois de Zhevnov ter praticamente retirado a bola dos pés de Bruno Alves, que se preparava para afastar o perigo. No entanto um erro de Maxi deitou tudo a perder. O uruguaio pretendeu dominar a bola numa zona crítica, perdeu-a para Shirokov, e este, após regatear Artur, colocou-a dentro da baliza.
O Benfica perde, mas, o facto de ter marcado em todos os jogos até agora e de jogar na Luz são argumentos poderosíssimos. Porém não se pode subestimar o Zenit, que apostará, em Lisboa, certamente em defender bem e contra-atacar ainda melhor. Esta derrota foi exemplo do poderio e da evolução, não só do Zenit, mas também do futebol na Rússia, que demonstra que, embora haja dinheiro, não é só isso que faz a diferença, como se constatou ontem.
Fernando Machado
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