quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Craques tardios - Parte 2

No dia 15 do corrente mês efetuámos uma lista com alguns grandes futebolistas, da atualidade ou do passado, que apenas se revelaram ao mais alto nível tardiamente (ler aqui). Neste artigo, vamos aprofundar um pouco mais esse assunto, explorando mais alguns "craques tardios".


Di Natale: Nos dias que correm, é considerado como um dos maiores goleadores da difícil Serie A. Todavia, apenas se assumiu como "matador" de eleição aos 32 anos. Até atingir essa idade, o atacante transalpino foi realizando épocas de alto nível na Udinese, onde chegou em 2004, mas sem nunca atingir grandes registos de golos (até 2009, o máximo logrado foi 18 tentos). Nessa data, finalmente, consolidou-se como um ponta-de-lança acima da média, ao apontar 29 golos. Até hoje, continua a marcar somando, em três temporadas, 83 golos, prometendo não parar de fazer o que sabe melhor.

Andrea Barzagli: É um dos melhores centrais italianos da última década mas, à imagem do já abordado Dino Zoff, só chegou a uma grande clube aos 30 anos. Começou a carreira no modesto Rondinella e, até atingir os escalões profissionais, teve de esperar algum tempo. Após algumas temporadas de bom nível em divisões inferiores, o defesa brilharia em 2003/04 quando, ao serviço do Chievo, efetuou excelentes exibições. No ano seguinte, seria contratado pelo primodivisionário Palermo, onde se manteve por 4 épocas, consolidando-se como um dos bons defesas da exigente Serie A. Em 2008, todavia, Andrea emigraria para a Alemanha, jogando pelo Wolfsburgo. Aí, passou autenticamente do céu ao inferno: no primeiro ano, sagrou-se campeão da Bundesliga; nos outros dois, a sua equipa somou resultados ultrajantes. Em 2011, finalmente, seria transferido para um grande emblema (a Juventus), onde tem sido crucial para as recentes boas atuações rubricadas pela Vecchia Signora.

Lima: Dos muitos brasileiros que têm "aterrado" no futebol português nos últimos anos, Lima é, seguramente, um dos que teve mais sucesso. Perdido nas divisões secundários do futebol "canarinho", o avançado chegou a terras lusas em 2009, já com 26 anos, para representar o Belenenses. No Restelo fez o que lhe pediram: marcou golos, muitos, tendo em conta o panorama das suas hostes na altura. Uma excelente temporada valeu-lhe o "salto" para o Sporting de Braga, onde continuou a brilhar e a ser decisivo. Após duas épocas muito rentáveis, o futebolistas nascido em 1983 foi contratado, aos 29 anos, pelo Benfica onde, na última época, se revelou figura crucial no esquema das águias (foi, inclusivamente, o melhor marcador dos encarnados na Primeira Liga) e, certamente, o será de forma semelhante nesta nova campanha.

Dante: Chegou, viu e venceu: a história do mítico imperador romano Júlio César encaixaria "como um luva" no defesa brasileiro que, no último ano, foi, provavelmente, o segundo melhor central do mundo (atrás de Thiago Silva). Mas, até lá, teve de suar muito. A carreira do brasileiro na Europa começou em 2003, quando reforçou o Lille. Contudo, teve poucas oportunidades para mostrar o seu valor, saindo para o futebol belga onde só se consolidou como jogador de eleição principalmente em 2007/08, no Standard Liége. As boas atuações abriram-lhe as portas da Alemanha, onde está desde 2008, primeiro no Borussia M'Gladbach e, desde o ano transato, no Bayern de Munique (rumou ao Die Bayern com 28 anos, a troco de cerca de 5 M€), onde foi uma das principais revelações. Dotado de uma compleição física assinalável (188 cm e 87 kg), com uma boa capacidade de desarme, Dante já se tornou no patrão da defesa dos bávaros

Palacio: Um caso muito semelhante ao de Diego Milito, já abordado nesta secção: são argentinos, chegaram ao Inter com cerca de 30 anos e vieram do Génova. Uma das únicas diferenças relaciona-se, sobretudo, com  a carreira: enquanto que Milito está na Europa à vários anos, Palacio só entrou no "Velho Continente" desde 2009, quando saiu do Boca Juniors, clube pelo qual brilhou a alto nível e conquistou vários títulos, para o Génova. Porém, faltava-lha qualquer coisa, tornar-se um verdadeiro goleador pois Rodrigo, apesar de se movimentar muito bem e ser muito rápido, não era jogador para apontar mais de 15 golos por época... até 2011/12, quando "explodiu", surpreendendo com 21 tentos. Tal registo levou os neroazzurri a avançarem para a sua contratação e as expetativas do clube milanês não têm saído defraudados, tendo em conta que, independentemente do que indica o B.I (contava com 30 anos), festejou por 22 ocasiões. Depois de duas temporadas fantásticas, o internacional pelas "pampas" promete melhorar os seus resultados e, verdade seja dita, tem tudo para o fazer.

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