terça-feira, 20 de agosto de 2013

Paços quase fora da Champions

O Paços de Ferreira hipotecou praticamente as suas possibilidades de atingir a fase de grupos da Liga dos Campeões, após pesada derrota na receção ao Zenit (1-4). Numa partida histórica para os portugueses (primeiro jogo na Champions), a inexperiência, falta de sorte e eficácia adversária foram os principais motivos para justificar um desaire por números exagerados, pois os visitados revelaram uma grande capacidade de entreajuda, criaram diversas situações de perigo, praticaram um futebol positivo e deixaram no ar a ideia de que a equipa pode rubricar mais uma temporada de alto nível.


O jogo começou bem disputado, com ambos os emblemas a tentarem colocar-se em vantagem, embora fossem os pacenses a assumirem as despesas do duelo, enquanto os russos optavam, preferencialmente, por jogar em contra-ataque. O desafio foi avançando desta forma até que, aos 27', Shirokov aproveitou um passe de Danny para colocar os de São Petersburgo na frente do marcador. Nos 5 minutos que sucederam esse lance, assistimos a um Paços desorientado, claramente afetado pelo tento sofrido. Todavia, a partir daí, os lusos partiriam para uma primeira parte interessante, onde se destacou Sérgio Oliveira (alguns remates e jogadas perigosas). No tempo complementar, o conjunto de Costinha revelou-se mais ofensivo, à procura do golo do empate, que chegaria por intermédio de André Leão, após pontapé de canto, aos 58'. O que parecia vir a tornar-se num jogo de sonho para os "castores", transformou-se, na verdade, num pesadelo, com a inexperiência e a infelicidade a ficar bem patente nos golos dos soviéticos (Shirokov bisaria - 60' e 90'- e o guardião Degra faria autogolo - 85'). 

Independentemente do resultado, o emblema presidido por Carlos Barbosa demonstrou qualidade, conseguindo jogar de igual para igual contra uma equipa manifestamente superior. Aliás, pelo que se viu no encontro, só mesmo o orçamento foi maior, já que os da casa apresentaram-se muito bem, privilegiando sempre um futebol de ataque, apoiado, ao passo que a turma de Spalletti quase só ameaçou de bola parada e em contra-ataque. Em relação a destaques, nota para Vítor (só entrou no segundo tempo mas ainda conseguiu mudar completamente a sua equipa), Sérgio Oliveira (não se coibiu de ser o "maestro" deste conjunto) e Romeu/André Leão (após início atribulado, quase dominaram o meio-campo - faltou o endiabrado Shirokov, que apontou um "hat-trick").

Nos outros confrontos do dia, PSV e AC Milan empataram (El Shaarawy colocou os italianos em vantagem mas Matavz empatou), o Plzen derrotou o Maribor por 3-1, a Real Sociedad, em França, destruiu o Lyon por 0-2 (dois golos fantásticos, um de Griezmann, outro de Seferovic) e o Celtic desiludiu ao perder, no Cazaquistão, por 2-0, ante o Shakhter.

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