sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Que a bola comece a rolar!

É hoje! Sexta feira, dia 16 de Agosto, o dia de todas as esperanças, desejos e ambições.
O campeonato português, à imagem de outros países europeus, tem estreia marcada para este fim de semana. É grande a expectativa.


O que fará Benfica, Braga, Porto e Sporting?

O Futebol Clube do Porto, tricampeão nacional, apresenta-se com o treinador sensação da época passada (partilhando o prémio, a meu ver, com Marco Silva) e já venceu o primeiro troféu da presente época. Os Dragões defendem o título e a sua hegemonia a nível nacional. Querem mais? O clube fez (as habituais) receitas astronómicas no mercado de transferências, onde se destacam os montantes avultados envolvidos na (polémica) transferência em "pack" de João Moutinho e James Rodriguez. Com a perda de jogadores preponderantes, resolveu investir em jovens promessas, como Herrera, Licá, Ghilas, Josué e Quintero. Pelo meio, deu-se o regresso da esperança Juan Iturbe, autrora apelidado de "novo Messi". A equipa demonstrou grande maturidade contra o Vitória de Guimarães mas, agora, a história é outra: muitos jogos, diferentes adversários,cenários e deslocações. As lesões podem ser um teste à profundidade das linhas portistas. Será que o Futebol Clube do Porto consegue continuar com a sua temível regularidade? Continuará a "máquina" Portista a ganhar após profundas mudanças? São dúvidas que só o tempo nos esclarecerá.


O Sport Lisboa e Benfica apresenta-se neste campeonato com sentimento de revolta e um imenso desejo de vingança. Revolta por tudo o que tem jogado nestes últimos anos. A meu ver e, em termos de futebol praticado, considero-a uma das melhores equipas europeias (claro está que o nosso campeonato não é igual ao Inglês, Italiano e Espanhol). O problema tem sido a segunda metade da época, onde a equipa acusa o cansaço e tropeça na sua própria vontade. Para muitos, o problema reside no excessivo romantismo da equipa, pouco pragmática e fatalmente desequilibrada. Para outros, o que tem ditado o afastamento dos títulos é somente resultado de factores aleatórios, como a pouca sorte ou  mesmo o azar. O povo já dizia que "um azar nunca vem só", mas não pode servir de desculpa para tudo. O desejo de vingança surge no seguimento de uma época grande, em termos de calendário, onde disputaram praticamente todas as frentes até ao fim (à excepção da taça da liga). Todavia, para um clube com a dimensão do Sport Lisboa e Benfica, isto não chega, não pode satisfazer direcção e adeptos. Quanto ao seu treinador, Jorge Jesus não consegue dar aquilo que tanto promete e o final da época transata e a actual pré-época foram intrigantes: desentendimentos, processos disciplinares, entrevistas duvidosas, aposta em irmãos de jogadores inicialmente adquiridos e um numeroso contingente sérvio. Não ficando por aqui, mais uma vez o plantel demonstra desequilíbrios, sendo novamente a posição de defesa esquerdo o "tendão de Aquiles" da equipa. A paciência encarnada parece estar por um fio e "JJ" tem aqui verdadeiramente a sua prova de fogo. Ou ganha ou...ganha! Assim é o Benfica, tudo isto lhe é exigido.


Quanto ao Sporting Clube de Portugal, a expectativas são diferentes dos demais rivais. Primeiramente, instaura-se a dúvida: o clube conseguirá encontrar o caminho das vitórias, da consistência, dos 3 pontos? Os leões parecem bem melhores este ano mas... naquela casa não se arrisca palpites. A vitória jogo a jogo apresenta-se como única condição de estabilidade e sucesso. Aguarda-se com curiosidade pela receptividade de Alvalade e a sua capacidade de deixar de lado o passado recente, embalando o clube para "a prova dos milhões", da qual tem estado arredado faz tempo.
Existe um fosso entre Sporting e os outros dois velhos rivais, indiscutível. O Braga assume-se como o principal adversário, à primeira vista. Todavia, falamos do Sporting Clube de Portugal, instituição digna do maior respeito e nunca poderemos afastar a (ainda que inicialmente remota) possibilidade de brigar pelo título e quiçá, ganhá-lo! Seria um feito estrondoso, mas difícil. Pior que o passado 7º lugar? A meu ver, parece-me impossível.
Finalmente, tenho curiosidade em saber como evoluirão os jovens leões. O "ouro" da casa (ver artigo sobre a Academia Sporting) é a maior riqueza do clube, actualmente em situação financeira delicadíssima, e reveladora de uma clara aposta do "novo" Sporting. Leonardo Jardim encarou tal aposta com a maior confiança e convicção. Estará o leão, este ano, disposto a contentar-se com pouco?


O Sporting Clube de Braga tem vindo a apresentar-se como claro "outsider" na luta pelos 3 primeiros lugares e, surpreendentemente ou não, tem conseguido afirmar-se na tabela classificativa, levando a melhor sobre o Sporting Clube de Portugal. Para aumentar ainda mais o apetite quanto a este despique, Jesualdo Ferreira senta-se no banco dos minhotos. Ora, conhecendo bem os cantos da casa do seu principal rival (Sporting) acredito que, tais informações privilegiadas conjugadas com a sua matreirice e sabedoria táctica, consigam montar uma teia difícil de ultrapassar. Um osso duro de roer, será assim este Braga. A história recente diz-nos que este Braga, mesmo alvo de remodelação quer de plantel quer de equipa técnica, alcançará a segurança e o conforto classificativo a que nos tem habituado. O Paços de Ferreira estragou os planos aos minhotos na época passada. Esta noite, os pupilos do Professor quererão puxar dos galões e demonstrar todo o seu favoritismo.
No passado, Jesualdo "construiu" o Braga moderno. Conseguirá ser o obreiro de uma nova etapa na história Bracarense? No Braga, o impensável foi "feito" em 2010 (vice-campeão nacional) e 2011 (finalista vencido da Liga Europa)...


Visto que o pontapé de saída da liga é logo com um apetecível Paços de Ferreira x Sporting de Braga, permitam alongar-me um pouquinho acerca deste clube sensação Não o posso esquecer, o brilhantismo do ano passado não me deixa.
Os castores tiveram a melhor época da sua história. Com o 3º Lugar da época passada conseguiram pasmar o país inteiro, complicar a vida a adversários teoricamente mais fortes e dar a conhecer a sua força. A Europa do futebol abriu-lhes as portas, o clube fará dinheiro como nunca visto e os seus jogadores ganham a motivação de representar o clube da capital do móvel. Costinha foi o escolhido para substituir Paulo Fonseca. Antigo internacional português e jogador de alto gabarito, pretende - enquanto treinador - transmitir aos seus jogadores todo o conhecimento adquirido. O clube apresenta-se neste novo patamar com os pés bem assentes no chão, sem espaço para loucuras. Plantel humilde quer treinador humilde. Costinha foi recrutado ao Beira-Mar. É adepto de futebol vistoso, de transições ofensivas fortes e, sempre que possa, de futebol apoiado. Vamos ver se os castores conseguem nova qualificação europeia, cimentando a sua posição desportiva. Até onde irá o Paços de Ferreira?

                                    

Como João Pinto, ex-capitão do FCP afirmou, "prognósticos só no final do jogo" !

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